Saiba mais sobre as mudanças das regras nas 3 modalidades olímpicas para Toquio 2020

27 de novembro de 2016

A Assembleia Geral da FEI aprovou de forma preponderante nessa terça-feira, 22/11, a mudança das regras para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. A aprovação final passará por votação no Comitê Olímpico Internacional em 2017.As novas propostas incluem a redução do número de atletas nas equipes nacionais para três, o que elimina a possibilidade de descarte do pior resultado. A figura do reserva continua valendo e será ainda mais importante como uma peça chave para assegurar o bem estar dos cavalos.

Apenas 11 Federações Nacionais, das 107 representadas, votaram contra a proposta: Albânia, Bulgária, França, Alemanha, Latvia, Luxemburgo, Mônaco, Nova Zelândia, Holanda, Romênia e Suíça. A aprovação das propostas específicas para cada uma das modalidades olímpicas – Adestramento, Concurso Completo e Salto – foi unânime.

Ingmar de Vos, presidente da FEI, com a palavra na Assembleia Geral em Toquio

Ingmar de Vos, presidente da FEI, com a palavra na Assembleia Geral em Toquio

“Esta foi uma votação realmente importante para o futuro do nosso esporte, se quisermos melhorar a visão universal do esporte de acordo com as recomendações da Agenda Olímpica 2020”, declarou o Presidente da FEI Ingmar de Vos após a votação. “Nós precisamos aumentar o número de países participantes nos Jogos Olímpicos mas sem exceder a cota de 200 conjuntos. Reduzir os membros das equipes para três por país foi provavelmente a única maneira de aumentar o número de nações. É claro que isso agora precisa ser aprovado pelo COI, mas abre as portas para países que antes só poderiam sonhar com uma participação olímpica”, continua de Vos. “Algumas Federações Nacionais não concordaram com a proposta, mas isso é parte do processo democrático. Agora nós precisamos trabalhar todos juntos para fazer funcionar.”

Veja as mudanças em cada uma das modalidades

Salto

Times de três conjuntos (cavalo/cavaleiro) por país, mais um reserva, sem descarte
20 equipes (60 conjuntos)
15 vagas para nações não qualificadas por equipes (máximo de um conjunto por país)
A prova individual não será antes da prova por equipes
Cutt-off score: o cutt-off exato e a penalidade resultante serão decididos na Regulamentação Olímpica
A penalidade exata para os conjuntos eliminados ou que não completem o percurso por qualquer motivo serão decididos na Regulamentação Olímpica

Adestramento

Times de três conjuntos (cavalo/cavaleiro) por país, sem descarte
Cada equipes qualificada para disputa por equipes poderá ter um conjunto ou um cavalo reserva
Um conjunto por país não qualificado por equipes
As medalhas por equipes serão determinadas somente pelo resultado do Grand Prix Special (não mais pela soma dos resultados do Grand Prix Special e Grand Prix)
Introduce new “heat system” (including “lucky losers”) for Grand Prix: 18 individuals to qualify from Grand Prix to Grand Prix Freestyle (best two from each of the 6 heats, plus the next 6 with the best overall results) – aguarde tradução técnica
As 8 melhores equipes do Grand Prix (24 conjuntos) se classificam para o Grand Prix Special
Introdução de novo sistema para definição das ordens de entrada do Grand Prix Special
Grand Prix Special terá apresentações com música

Concurso Completo

Times de três conjuntos (cavalo/cavaleiro) por país, sem descarte
Será permitido um reserva por equipe. O conjunto reserva é um importante elemento a fim de preservar o bem estar dos cavalos. Se o conjunto reserva é substituído, uma penalidade será aplicada à equipe. A penalidade exata será decidida na Regulamentação Olímpica
Máximo de dois conjuntos individuais por país não representado por uma equipe
A ordem das provas será mantida (1º Adestramento, 2º Cross Country, 3º Salto por equipes, 4º Salto individual)
As provas de CCE vão durar três dias (o Adestramento será reduzido para um dia)
Nível técnico das três provas definidas como “Nível Olímpico”: Adestramento e Salto 4*, Cross Country – 10 minutos de duração, 45 esforços, e dificuldade técnica 3*
A qualificação dos conjuntos deve ser feita em provas com o mesmo nível de Cross Country para assegurar as recomendações da “FEI Independent Audit in Eventing”
Para propósito de classificação das equipes: qualquer conjunto que não completar uma das provas poderá continuar na prova seguinte, contanto que aprovado na respectiva Inspeção Veterinária
Para propósito de classificação das equipes, as penalidades por não completar uma prova por qualquer razão serão: Adestramento – 100 pontos, Cross Country – 150 pontos, Salto – 100 pontos
As regras para a disputa individual permanecem inalteradas

Adestramento Paraequestre

Times de três conjuntos (cavalo/cavaleiro) por país, sem descarte
Cada país qualificado poderá trazer quatro conjuntos, dos quais três terão que ser declarados como membros da equipes após as participações individuais e todos competirão individualmente
Máximo de dois conjuntos individuais por país não representado por uma equipe
As medalhas por equipes serão determinadas somente pelo resultado da prova de equipes (não mais uma combinação dos resultados das provas individuais e por equipes)
Os 8 melhores conjuntos individuais de cada grau se classificam para o Freestyle
Ordem das provas: prova individual, prova por equipes, freestyle
A prova por equipes terá apresentações com música

Nota dos Editores:
Delegados de 76 Federações Nacionais estiveram presentes e outras 31 votaram por procuração

 

Fonte: FEI – versão CBH

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