O hipismo – em suas modalidades olímpicas e não olímpicas – é o único esporte em que mulheres e homens competem em condições de igualdade.
Luciana Diniz com Vertigo du Desert em ação nos Jogos Olímpicos de Tokyo 2020+1 ; img: L. Ruas / CBH
Entre as amazonas em atividade na modalidade Salto, sem dúvida, Luciana Diniz, nascida e criada na SHP, é um ícone mundial e a brasileira mais premiada de todos os tempos. Em 18/7/2022, após 16 anos competindo pelas cores de Portugal, Luciana anunciou que volta a defender o Brasil. “Meu retorno tem motivações pessoais, familiares e profissionais. Diria que as de cunho pessoal são as mais fortes, um sentimento de voltar para casa”, declarou Luciana.
A tradição, o amor pelos cavalos e esportes estão no DNA da família Diniz. Lica Diniz, mãe de Luciana, foi oito vezes campeã brasileira de adestramento, seu pai Arnaldo dos Santos Diniz, jogador de polo, modalidade também praticada em alto nível por dois de seus irmãos: André e Fábio e Pedro Diniz, ex-piloto de Fórmula 1.
Luciana começou a montar aos nove anos e iniciou sua carreira na Sociedade Hípica Paulista. Aos 18, se mudou para Bélgica à época para treinar com Nelson Pessoa Filho, o Neco, um dos principais treinadores do hipismo mundial.
Luciana Diniz na despedida oficial de sua égua Fit Fun no CHIO Aachen 2022, na Alemanha;img: Luis Ruas
Desde então foram cinco Jogos Olímpicos. Em 2004, Luciana integrou o Time Brasil, 9º colocado em Jogos Olímpicos de Atenas. “Saltar uma Olimpíada pelo Brasil foi a realização de um sonho”, lembra Luciana. Em 2006, Luciana passou a defender Portugal. Desde então foram cinco Jogos Olímpicos.
Na Rio 2016, Luciana foi 9ª colocada com Fit for Fun. Em Tokyo 2020+1, Luciana com Vertigo du Desert “bateu na trave” na disputa por uma medalha fechando em 10º lugar com apenas uma falta no penúltimo obstáculo na grande final.
“O Pan-americano no Chile e as Olimpíadas de Paris são meus próximos objetivos”, garantiu Luciana, única amazona brasileira que já chegou a integrar o ranking top 10 mundial. Atualmente, Luciana se recupera de uma cirurgia no joelho e já está em vias de voltar às pistas na Europa.
Luciana e Fernando Sampaio Ferreira Filho, presidente da SHP, durante visita ao clube em agosto de 2022;img: Carol Cotrim
Luciana também comentou o desafio de competir em alto nível sendo mulher. “Espero ser uma motivação para as jovens amazonas. O hipismo é singularíssimo neste aspecto de que homens e mulheres de diferentes idades competem em igualdade. É fantástico. Chegar ao nível internacional é difícil independentemente do gênero.”
Com a fonte: Revista SHP News; fotos: Luis Ruas e Carol Cotrim
