Com Pedro Veniss, Rodrigo Lambre, Marlon Zanotelli e Eduardo Menezes, Time Brasil de Salto no Pan é ouro e hexa no Pan 2019

08 de agosto de 2019

Marlon, Pedro, Rodrigo e Eduardo: ouro e vaga garantida para o Brasil em Toquio 2020

Na quarta-feira, 7/8, a grande final por equipes do salto nos Jogos Pan-americanos 2019, em Lima, Peru, valendo vaga olímpica para os três primeiros países foi disputada em dois percursos, a 1.60 metro. O Time Brasil – Marlon Modolo Zanotelli/Sirene de La Motte, Rodrigo Lambre / Chacciama, Eduardo Menezes/H5 Chaganus e o cavaleiro “filho da SHP” Pedro Veniss/Quabri de L Isle – liderado pelo técnico suíço Phillip Guerdat e chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda conquistou ouro com 12,39 pontos perdidos (pp), o México foi prata, 22,97 pp e os EUA, bronze, 23,09 pp. Todas as três equipes e o Canadá, 4º, estão qualificadas para os Jogos Olímpicos 2020.

Pedro e Quabri sempre espetaculares

Após a primeira parcial o Brasil virou na frente com 7,39 pp, seguido de perto pelos EUA e México, mas tudo estava indefinido. Conforme a regra a cada rodada, as equipes com quatro conjuntos descartam o pior o resultado. Marlon montado Sirene de La Motte, 1º em pista, fez uma falta (4 pontos) no último obstáculo do 1º percurso e pista limpa no segundo.


Super atuação de Marlon com Sirene de La Motte

Depois entrou Eduardo com H5 Chaganus que registrou duas faltas a cada volta e teve seus resultados descartados, Rodrigo com Chacciama fez uma falta no 1º e zerou o 2º.

Eduardo com H5 Chaganus
Rodrigo e Chacciama

Último em pista, logo em seguida da apresentação da norte-americana campeã olímpica e mundial Bezzie Madden, que acabou cometendo duas faltas, Pedro com Quabri de L Isle que já havia zerado a 1ª passagem tinha acabado de saber que o Brasil já era campeão. E o resultado mais uma vez foi perfeito: duplo zero de Pedro e Quabri levantando a torcida no estádio do Club Hípico Militar La Molina, sede do hipismo nos Jogos.

Pedro seu Quabri: seis anos de parceria perfeita e confiança mútua

Uma vitória sempre é fruto do trabalho de toda uma equipe. “Só temos a agradecer a todos a toda comissão técnica e, em especial, ao nosso técnico Philipp Guerdat”, destacaram os campeões com unanimidade. O suíço Phillip, ex-cavaleiro, liderou a França na conquista do ouro na Olimpíada Rio 2016 e é pai do número 1 do mundo e campeão olímpico Steve Guerdat. “Quando ele deixou de treinar a França surgiu a oportunidade de assumir o Time Brasil. Foi a realização de um sonho e garantimos a vaga em Toquio”, destacou Pedro, está em seu terceiro Pan e fez sua estreia nos Pan Rio 2007, quando o país conquistou seu último ouro.

Mylena, da Record, em flash com a equipe de ouro: Philipp Guerdat, Luiz Felipe de Azevedo Filho (reserva), Rodrigo Lambre, Marlon Zanotelli, Pedro Veniss e Eduardo Menezes

Pedro, 36, radicado na Europa há cerca de 13 anos (11 na Bélgica e atualmente em Barcelona) é o mais experiente da equipe em participações internacionais e iniciou sua bem sucedida carreira na Sociedade Hípica Paulista. O hipismo está na sangue da familia. Neto do cavaleiro e horseman José Luiz Guimarães (in memorian), Pedro começou a montar na SHP e está entre os bem sucedidos talentos que passaram pelas mãos do experiente treinador e cavaleiro olímpico Caio Sérgio de Carvalho, tio do cavaleiro. Seu pai Carlos Veniss também foi cavaleiro e os primos José Roberto Reynoso Fernandez Filho, José Luiz Guimarães Carvalho e Caio Guimarães Carvalho, que recém retornou da Europa, estão em plena e bem sucedida atividade nas pistas.

Ainda no 1º dia da disputa por equipes, em 6/8, Pedro falou sobre seu grande cavalo Quabri, um garanhão sela francês de 15 anos, com o qual desde 2014 vem garantindo os títulos mais importantes. “O Quabri mais uma vez esteve fantástico hoje. Acho que tivemos um bom começo mas ainda temos muitos percursos pela frente. Quabri grita um pouco no aquecimento, mexe com as éguas, gosta de ser o chefe. Como tem um caráter muito bom, deixo ele brincar”, destacou Pedro, que está em seu terceiro Pan e integrou equipe na conquista do penta no Pan Rio 2007.

Pedro e Quabri: só alegria a caminho da final do Pan 2019

Todos os quatro integrantes do Time Brasil de Salto no Pan 2019 competem no Exterior e passaram o último mês treinando juntos. “Sem dúvida, esse processo de treinamento, nos fortaleceu como grupo e resultado não poderia ser melhor”, finalizou Pedro.

Rumo à final individual

Nessa sexta-feira, 9/8, os 35 melhores conjuntos disputam a final individual em igualdade de condições com a contagem zerada. No computo geral das qualificativas individuais Pedro virou em 1º lugar, Rodrigo, 3º, Marlon, 5º e Eduardo foi 16º, mas cada país só pode competir no máximo com três representantes. Nessa quinta, 8/8, Rodrigo acabou não apresentando sua égua Chacciama na inspeção veterinária por não estar em condições ideais e assim o Brasil larga na final individual com Pedro e Marlon.

A 1ª volta da Final por equipes acontece das 11 às 13h00 horas (13h00 às 15h00 BSB) e a 2ª decisiva rodada na corrida pelo pódio individual, das 14 às 15h00 (16 às 17h00 BSB).

Desde do Pan-americano de 2007, o Brasil não conquistava ouro por equipes. O país também foi campeão nos Pans em 1967 e 1999 no Canadá, 1991 em Cuba, 1995 na Argentina e agora nos Jogos Pan-americanos de Lima conquistando o hexacampeonato. Duas pratas por equipes foram conquistados em 1959 em Chicago, EUA, e em 2011 em Guadalajara, México e único bronze em 2003 em Santo Domingo. Além do Brasil, somente os EUA detém o hexa.

O técnico Philipp Guerdat atento a todos os lances em registro ao lado de Pedro

Também desde 2007 o Brasil não subia ao pódio nas três modalidades em Jogos Pan-americanos. No Pan Rio 2007, o Salto foi ouro e o Adestramento e Concurso Completo, bronze. Agora em Lima, o saldo foi ainda melhor: Salto, ouro, Concurso Completo, prata e Adestramento, bronze. “Garantindo as medalhas, cumprimos o nosso grande objetivo que era a qualificação para Toquio”, comemorou Ronaldo Bittencourt Filho, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo. “Precisamos também agradecer os integrantes das equipes que garantiram a nossa vaga no Pan nas seletivas Sul-americanas e todos que participaram do processo seletivo”, reforçou o chefe de equipe Pedro Paulo Lacerda.

Brasil, ouro, México, prata e EUA, bronze

Ouro Brasil – 12,39 pp (1º dia: 3,39 + 1ª volta: 4 + 2ª volta: 5)
Marlon Modolo Zanotelli / Sirene de La Motte – 4/0
Eduardo Menezes / H5 Chaganus – (8)/(8)
Rodrigo Lambre / Chacciama – 4/0
Pedro Veniss / Quabri de L Isle – 0/0
Técnico: Philipp Guerdat
Chefe de equipe: Pedro Paulo Lacerda
Veterinário: Rogério Saito

Prata México – 22,97 pp (1º dia: 6,97 + 1ª volta: 4 + 2ª volta: 12)
Enrique Gonzelez / Chacna – 0/12 – 14,08 pp
Eugenio Garza Perez / Armani SI Z – 4/0 – 9,5 pp
Lorenza O Farrill / Queens Darling – 0/(16) – 20,6 pp
Patricio Pasquel / Babel – (8)/0 – 8,29 pp

Bronze EUA – 23,09 pp – (1º dia: 2,09 pp + 1ª volta: 8 + 2ª volta: 13)
Alex Granato / Carlchen W – (16)/5 – 21,02 pp
Lucy Deslauriers / Hester – 8/0 – 9,32 pp
Eve Jobs / Venue d´ Fees des Hazalles – 0/8 – 9,17 pp
Elizabeth Madden / Breitling LS – 0/(8) – 8 pp

Com a fonte Imprensa CBH; imgs: CBH – Luis Ruas

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