O trabalho e investimento em ações de sustentabilidade ganhou cada vez mais espaço na Sociedade Hípica Paulista nos últimos anos. Horta orgânica, reciclagem de lixo, compostagem, levantamento arbóreo, eliminação do uso de plástico, reuso de água, entre outras ações vêm fazendo a diferença no clube.
Uma das novidades é a compostagem de resíduo de poda de árvores, arbustos e gramíneas produzindo cerca de 30 m³ por mês. Ao final do processo, o adubo é peneirado, ensacado e distribuído gratuitamente para sócios, colaboradores bem como usado na horta e campos da SHP.
Destaque também para reciclagem de fiação elétrica que é vendida, a exemplo de alumínio e sucata férrea. O próximo passo será a separação do lixo orgânico comum que está em fase de planejamento e treinamento da equipe.O local para descarte de resíduo e lixo, conhecido como “cemitério”, está cada vez mais estruturado como Central de Reciclagem e Compostagem e em breve terá piso deparalelepípedo e boxes para armazenamento temporário das coletas.
“A SHP está inovando com uma estação tratamento de reuso de água (residual da lavagem dos cavalos) e a estrutura do reaproveitamento das águas pluviais também está em fase final de implementação”, destaca o engenheiro agrônomo Rui Signori, responsável por projetos como, entre outros, o telhado verde do Shopping Eldorado e a horta subterrâneo da sede do Google em São Paulo. “Nesse momento estamos aguardando laudos oficiais da qualidade da água de reuso bem como dos poços”, explica Signori.
Outro ponto que vem de encontro a sustentabilidade e preservação da área verde foi o importante levantamento arbóreo que identificou 92 espécies entre um total de 1016 árvores. O levantamento aponta o nome popular, científico, perímetro e diâmetro do caule e estado fitossanitário, ou seja, se requer poda, tem risco de queda ou quaisquer outras ações para preservação.
Destacam-se com maior número de exemplares (nomes populares em ordem alfabética): Alecrim de Campinas, Araucária, Castanha do Maranhão, Dedaleira, Ficus, Goiabeira, Ipês amarelo, branco, rosa e roxo, Jacarandá, Ligustro, Palmeiras de nove espécies, Pau formiga e Pau ferro, Pitangueira, Quaresmeira, Sibipiruna e Tipuana. Cada espécie recebeu uma plaquinha de identificação. A SHP recém plantou 20 ipês e 10 quaresmeiras valorizando assim cada vez mais a área verde do clube.
E, sem dúvida, o viveiro de plantas vem sendo muito importante na decoração de concursos, eventos sociais e dia-a-dia do clube, gerando significativa economia. Apenas em ocasiões especiais ainda são adquiridas plantas que depois também costumam ser incorporadas e cuidadas no viveiro que atualmente conta com cerca de 1400 plantas ornamentais de 21 espécies.
A destacar ainda o contínuo incremento da horta orgânica, sob orientação de Rui Signori, agora produzindo verduras, brotos, flores comestíveis de maior utilidade e custo-benefício no restaurante do clube. Também está em estudo um projeto de hidroponia. Curiosamente as flores comestíveis que ao atrair joaninhas ajudam no combate a pragas. Funcionários da casa vêm recebendo treinamento para o manejo da horta, plantas e capacitação no processo de reciclagem nas mais diversas frentes.
Fonte: Revista SHP nº 7 ; imgs: Wilson Jr e C. May
