Luis Piva, que em 2017 venceu seu 1º GP, revela sua trajetória no hipismo

10 de maio de 2017

O ano de 2017 começou bem para o cavaleiro da Hípica Paulista Luis Piva, de 22 anos, que em 23 de março, venceu seu primeiro GP / Clássico no Curitiba Summer Tour, na Sociedade Hípica Paranaense. E, sem dúvida, essa conquista foi muito especial para Piva, formado em economia e frente a sua própria empresa, o que lhe permite maior flexibilidade para treinar.

Luis Piva com sua principal montaria Happy Lady em pista dentro de casa na Sociedade Hípica Paulista; img: Gabriela Lutz

Em matéria para o portal da SHP, o cavaleiro arrisca um conselho certeiro para quem está começando no esporte. “Praticar hipismo não é nada fácil. São muitas variáveis que interferem diretamente no seu resultado. Para mim o mais importante é manter o foco, traçar objetivos e se dedicar ao máximo. Ser humilde e sempre buscar novos aprendizados faz toda diferença.” Confira a íntegra da entrevista!

Por favor comente sua alegria e satisfação de vencer um primeiro GP.

Sem dúvida a vitória mais importante da minha carreira e ganhar um Grande Prêmio no meio de tantos cavaleiros de nome é uma sensação indescritível.

Piva concentrado no Curitiba Summer Tour rumo a vitória em seu primeiro GP; img: Grace Cambraia

Sua parceira nessa conquista foi com a égua Happy Lady, uma sela belga de 9 anos. Como é o dia a dia do seu treinamento com ela ?

A Happy Lady é uma égua muito especial que está comigo há pouco mais de um ano e sempre tenta fazer bem feito tudo que é passado a ela. Nesse tempo que estamos juntos busquei construir uma subida sólida e constante do final da sua carreira de cavalos novos para os Grandes Prêmios.

Piva e Happy Lady na conquista do 5º posto do concorrido Clássico no Longines Indoor 2016 na Hípica Paulista

Atualmente você conta com quantos cavalos em competição?

Tenho Happy Lady como minha égua principal e por volta de sete potros entre 5 e 7 anos.

Você também tem o Haras LP. Comente um pouco sobre a estrutura.

O Haras LP, localizado em Tiete, interior de SP, foi idealizado pelos meus pais para formar cavalos novos. Contamos com 15 cocheiras, pista, raia de galope com 1.5 km de extensão e piquetes para os animais. Visamos ter uma sequência continua de cavalos em treinamento que possam chegar ao alto nível para eu nunca ficar sem cavalos para as provas importantes. A ideia é criar ou comprar dois por ano para dar sequência a um ciclo de formação.

Piva voando em pista com de seus cavalos novos

Você iniciou sua carreira no Concurso Completo de Equitação (CCE) e somente aos 16 anos passou a se dedicar exclusivamente ao Salto. Como a experiência do CCE contribui em sua carreira?

A experiência de ter começado na ABHIR (Associação Brasileira de Hipismo Rural) foi muito importante para minha formação. O CCE é uma modalidade muito completa, que engloba salto, adestramento e cross. Dessa maneira acredito que por ser muito completo me ajudou a ganhar experiências positivas.

Mais um flash de Piva e Happy em ação no SHP 2017

Você treina com o experiente cavaleiro Bartholomeu Bueno de Miranda, o Totty. Comente um pouco sobre a importância do treinador e clínicas.

Todo atleta de alto rendimento precisa ter disciplina, foco e um bom treinador para dar suporte. Com certeza o Totty foi fundamental para eu alcançar meus objetivos e conseguir ganhar meu primeiro grande prêmio aos 22 anos de idade. Temos uma sintonia fina e nosso trabalho flui muito bem. Com certeza boas clinicas fazem toda diferença e querer aprender nunca é de mais.

Piva, integrante do Time Brasil Young Riders, na Copa das Nações do Winter Equestrian Festival em  2015

Qual a sua profissão e como faz para conciliar a dedicação ao esporte e o trabalho?

Sou formado em Economia e, em 2015, junto com um amigo do cavalo fundamos uma empresa de iluminação comercial e pública de LED. Ter meu próprio negócio me dá muito mais liberdade para me dedicar aos cavalos e continuar competindo em alto rendimento . Tento montar todos os dias.

Quais as suas metas no hipismo na temporada 2017?

Tenho como meta para o ano de 2017 manter a Happy Lady constante nos Clássicos a 1.45 metro e iniciá-la nos GPs de 1,50m. Já os potros precisam ganhar experiência e maturidade.

Mais um vôo de Piva e um produto de sua tropa jovem na Hípica Paulista

Qual a sua maior meta e sonho no hipismo?

Minha maior meta é me manter no alto rendimento, saltando Grandes Prêmios e formando cavalos novos promissores. Um sonho para qualquer atleta é poder participar de uma olimpíada e o meu não é diferente.

Você pratica outros esportes?

Nas horas vagas gosto muito de jogar tênis.

Qual o conselho que você pode dar a um iniciante no hipismo e assim como você quer chegar ao mais alto nível de competição?

Praticar hipismo não é nada fácil. São muitas variáveis que interferem diretamente no seu resultado. Para mim o mais importante é manter o foco, traçar objetivos e se dedicar ao máximo. Ser humilde e sempre buscar novos aprendizados faz toda diferença. Podemos dizer que é um esporte de longo prazo e para colher os frutos no futuro toda a dedicação do presente é fundamental.

 

Fonte: SHP com fotos: Luis Ruas, Gabriela Lutz, Grace Cambraia e João Markun

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