Andreia Ursula Oliveira, aluna da Escola da SHP, estreia com vitória no Brasileiro de Adestramento Paraquestre

26 de março de 2018

Foi um desafio. Com apenas dois meses treino, uma bem sucedida prova durante o Ranking de Adestramento com 8/3, Andreia Ursula Oliveira com Zigfield Interagro representou São Paulo e a SociedadeHípica Paulista no Brasileiro de Adestramento Paraequestre que movimentou o Centro Hípico Gama, em Brasília (DF), entre 23 e 25/3.

Andrea, que tem paraplegia em decorrência de um acidente automobilístico em 2003, é aluna da Claudia Honda, psicóloga e treinadora de Adestramento Paraequestre na Escola da Hípica Paulista. Com apoio da equipe da SHP, veterinários e amigos, Claudia levou Zigfield Interagro até Brasília em seu próprio trailer.

Andrea e sua treinadora Claudia com Zigfield Interagro

O esforço e dedicação valeram a pena. No sábado, 24/3, Andreia e Zigfield Interagro venceram na categoria Novatos (competindo pelo Grau II) com 61,150% de aproveitamento. Pelas cores de Brasília Yasmin Dias de Souza Zeba com Sabrina e Flávia da Costa Rocha montando Frieske van Koningsland emplacaram em 2º e 3º lugar com 59,875% e 59,375%.

Comemoração no pódio com Andrea, campeã,no Brasileiro de Adestramento Paraquestre

Fato é que Andrea, bolsista parcial na Escola da SHP, tem mesmo espírito de campeã. “Em 2009 iniciei no Kart Adaptado e em fevereiro de 2012 ingressei no Tiro Esportivo pois sempre fui apaixonada por este esporte com várias conquistas em cinco anos”, conta Andrea que detém títulos brasileiros, paulistas e internacionais no Tiro Esportivo. A paixão pelo Adestramento Paraequestre é mais recente. “Em junho de 2016, cheguei no hipismo através da Equoterapia. Sempre gostei de cavalos, mas não imaginaria que eu pudesse vir a ser uma atleta do adestramento. Em outubro de 2016, participei de uma prova interna ainda montando na Hípica Santo Amaro e me apaixonei pelo Adestramento Paraequestre”, revela a amazona.

Andrea, Claudia e Brigitte Walter, fisioterapeuta e única classificadora oficial da FEI no Brasil que avalia e decide qual o grau de competição que os atletas paraequestres se enquadram

A fisioterapeuta Lilian Chateau, coordenadora de Equitação Terapêutica na Sociedade Hípica Paulista há mais de 10 anos, comenta a trajetória da amazona. “Andreia nos procurou no final de 2017 com intuito de buscar novos horizontes para seu caminho do Paraequestre. Veio conhecer a SHP e sua infraestrutura e gostou. Achou aqui uma nova possibilidade”, conta Lilian.

Com todo mérito Andrea  tem motivos de sobra para comemorar. “Fiquei muito feliz com o resultado, foi muito importante e uma experiência nova. Estou treinando há apenas dois meses na Hípica Paulista. É pouco tempo e fiquei até surpresa com o resultado. Eu dei o meu melhor e aconteceu o melhor. Os treinos com a Claudia foram intensos e a gente trabalhou foco e concentração. Só tenho agradecer por essa oportunidade que é apenas o começo. Foi muito importante e válida essa experiência, só veio agregar. Quero agradecer a Claudia, a Hípica Paulista, a todos os envolvidos, palavras são poucas para agradecer.”

A equipe de São Paulo em flash de confraternização

O Brasileiro de Adestramento Paraequestre foi disputado nos Graus I, II, III, IV e V (maior ao maior grau de comprometimento físico do atletas) e série Novatos (categoria mista com atletas estreantes previamente classificados) e teve participação de 20 conjuntos. Marcos Fernandes Alves, o Joca, dono de duas medalhas de bronze em Pequim 2008, é o titular do Centro  Hípico Gama e comemorou o título no Grau II.

Rumo ao Mundial

Em ano de Jogos Equestres Mundiais que acontecem entre 11 e 23 de setembro na Carolina do Norte (EIA), o Brasileiro de Adestramento Paraequestre também foi válido como qualificativa técnica e observatória. Formaram o juri no Campeonato Brasileiro Adestramento Paraequestre Claudia Moreira de Mesquita, presidente, ao lado de Arnaldo Conde Filho, Major Paulo Teixeira, Juarez Marcon e Maria Luiza Dal Pai. A diretora do Comitê Organizador é Marcela Frias Parsons, diretora de Adestramento da Confederação Brasileira de Hipismo e Federação Hípica de Brasília, principal celeiro de campeões na modalidade. Ronaldo Bittencourt Filho, presidente da CBH, também prestigiou a competição.

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